sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Nova Iorque - dia 3

Dia 3:


Acordámos cedinho, e fomos tomar o pequeno almoço ao Hard Rock.
Depois dos tradicionais ovos mexidos com salsichas, sumo de laranja e torradas com doce, apressámo-nos para a nossa excursão: Harlem on Sundays. Para quem não sabe, Harlem é um bairro de Nova Iorque conhecido por ser um grande centro cultural e comercial dos afro-americanos.
A excursão consistia em atravessar o bairro de camioneta ao som dos comentários do guia (parando em um ou dois pontos "chave", como o famoso Apollo - uma sala de espectáculos dedicada a servir de rampa para amadores, e de onde saíram nomes como Michael Jackson e Ella Fitzgerald), e terminava com uma missa de Gospel numa das incontáveis igrejas que lá existem.

Por um lado apanhei uma seca brutal, mas por outro sempre fiquei a conhecer uma realidade que só conhecia das telas do cinema. É interessante ver como uma bateria, um órgão, umas pandeiretas, e um grupo enorme de religiosos a cantar e bater palmas conseguem cativar os fiéis que todos os Domingos passam o dia inteiro na igreja. E sim, digo mesmo o dia inteiro. Eles só saem de lá ao final da tarde, e algumas igrejas têm até um programa especial de quartas-feiras...


Terminada a excursão, como tínhamos comido bem ao pequeno-almoço, decidimos experimentar um dos cachorros dos vendedores ambulantes, bem junto ao Central Park. Não vou dizer que os cachorros são maus, mas vou dizer apenas que felizmente não estávamos com muita fome... Mesmo ao nosso lado, encontrava-se o National History Museum, e entrámos para dar uma espreitadela. Lá dentro visitámos o planetário, passámos a correr por mil exposições de mil salas dedicadas a mil temas, e pusémo-nos a andar dali para fora.


Atravessámos o Central Park para ir visitar o Museum of Modern Art. O manto de neve que cobria um dos parques mais famosos do mundo dava-me vontade de simplesmente não sair de lá. Para ser sincero, houve dois momentos em toda a viagem, nos quais senti muito a falta da presença de um amigo, e este foi um deles.


È que atirar uma bola de neve à cara da minha mãe com toda a força não é coisa que eu seja capaz, e fez-me uma inveja desgraçada assistir a grupos de amigos a lutarem pelos montes mais altos, para ganharem uma posição estratégica na luta de bolas de neve.




Enquanto uns fotografavam os esquilos que passeavam todos contentes no meio das pessoas, outros aproveitavam as descidas acentuadas para servir de pistas para corridas de trenó. Já outros, apreciavam a vista dos lagos lindíssimos cobertos de uma fina camada de gelo, enquanto abraçavam a namorada, sentadinhos nos banquinhos. A esses, estive mesmo perto de atirar um calhau.

Chegando ao Museu de Arte Moderna, entrámos e saímos quase no instante seguinte. Não sou grande apreciador de arte, na verdade, nem o saberia ser, mas mesmo que fosse, precisaria de um dia inteiro para aproveitar ao máximo aquele museu. No meu caso, um minuto foi suficiente.


Ali pertinho dispúnhamos do Guggenheim Museum, e fomos dar uma espreitadela. Já foi muito mais do meu agrado, nem que fosse pela originalidade da arquitectura da coisa.. Todo o museu, basicamente, consiste num corredor em forma de hélice geométrica (tive de ir ver à wikipédia como se chamava a forma que eu queria), com entradas e saídas para exposições de fotografia, escultura, pintura, etc. Todo o edifício se encontra sarapintado de frases nem profundas, nem banais, vindas do nada, e visíveis nos locais esteticamente menos "esperados". Gostei da coisa, é giro.

De saída, apanhámos o Metro, e saímos no Rockefeller Center, famoso pela enorme árvore de Natal disposta mesmo acima de uma pista exterior de patinagem no gelo. Tirámos as nossas fotografias, e fomos comer qualquer coisa a uma pizzaria (nesses dias desconheci outro tipo de alimentos).
Já era tarde, e decidimos voltar para o hotel, mas não sem antes passarmos de novo pelo Times Square, que de noite, tem outro encanto...
Entretanto tinha-me esquecido na pizzaria do guia que tinha oferecido à minha mãe antes de fazermos a viagem, e nunca mais o vi.

De regresso ao hotel.
Cócó, cama.

6 comentários:

Anónimo disse...

Foi o primeiro cócó em NY? Foi do tipo "cai cócó em NY"? Estava a correr tão bem...

Marco disse...

Ya... só no 3º dia é que fazes um coco?! Até parece que estavas num festival de verão no meio do Alentejo em pleno mato...

Unknown disse...

Uma coisa que eu queria ter deixado por falar era mesmo isso. É que os americanos não têm sanitas. Têm piscinas de porcelana.

E ainda hoje estou para saber como é que eles fazem para fugir ao "ploc"!

Brunito disse...

Muito papel :)

Rito disse...

Técnica do hovercraft!
Nunca ouviste falar?!

Anónimo disse...

Não viste os rabos dos americanos??!!??