terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Nova Iorque - dia 2

Duas coisas passaram-me pela cabeça quando acabei de fazer este post. Uma foi que dei muitos detalhes que as pessoas com quem já tinha falado da minha viagem desconheciam. Outra foi que parecia o Rito a não deixar um único pormenor por realçar.
Mas é giro, parece um diário...

Dia 2:

Madruguei como já não madrugava há muitos anos. Acordar às 8h nem custou assim tanto, visto que me tinha deitado com as galinhas. Tínhamos um longo dia pela frente e imensas coisas para ver e fazer...

Saída à rua e tudo parecia muito diferente da primeira impressão da noite anterior. A multidão que preenchia os passeios quase que passava despercebida, não só pelo ritmo com que os novaiorquinos viajam de quarteirão para quarteirão, como pelo facto de se encontrarem completamente tapados de roupa por causa do frio.

Enquanto nos dirigíamos a um dos mais de 150 Starbucks da ilha de Manhattan para ir tomar o pequeno-almoço, ia registando com um só olho os pormenores tão característicos dos milhões de filmes filmados em Nova Iorque. Com o outro vigiava a minha mãe que a qualquer altura era engolida pela turba.

Dos táxis amarelos às bancas de jornais; dos semáforos para peões aos semáforos para veículos literalmente pendurados no meio dos cruzamentos; das placas dos nomes das ruas e avenidas aos vendedores ambulantes de cachorros e pretzels; E mais...


Das lojas indianas de liquidação total ao longo do ano, aos caça-turistas que procuram vender as suas excursões; dos posters gigantes de publicidade, aos carros e passeios cobertos de neve; Das entradas e saídas para o Metro, aos ciclistas suicidas que se atravessavam à frente dos táxis... Nada escapou.


Com o pequeno-almoço tomado, percorremos a sétima avenida até Times Square, local mais visitado do que a estátua da liberdade! Repleta de lojas e publicidade do tamanho do mundo (para quem não sabe, os edifícios são obrigados a permitir a instalação de placards luminosos publicitários), deliciei-me com a Virgin Megastore, que consegue ser maior do que a de Londres, e com a Toys R'Us de 5 andares. De um lado o estúdio onde filmam o MTV Total Request Live, e do outro o Planet Hollywood, onde fomos buscar o nosso New York Pass - um cartão que nos dava entradas e descontos para imensas atracções em Nova Iorque no período de 3 dias.

Andámos uns 2 quarteirões para ir buscar os bilhetes para o All Loops Double Decker Tour - uma empresa de autocarros turísticos com várias paragens pela cidade - e interrompemos o passeio para ir almoçar (sim, já era hora de almoço!).

Umas quantas fatias de pizza pelo bucho a dentro, e seguimos até ao museu de cera da Madame Tusseaud. Quando fui a Londres não tive oportunidade de o ir visitar, mas a minha mãe foi há uns bons anos e diz que era bem melhor. Claro que já pode ter mudado muito desde isso... Eu gostei deste =)


Saímos do museu e entrámos numa das paragens dos autocarros: a pior ideia de sempre! O trânsito em Nova Iorque é caótico, e demorámos mil anos a chegar à paragem onde queríamos sair. Nem para apreciar as vistas servia, já que os pingos de chuva nas janelas desfocavam tudo em redor. Para terem noção do tempo que lá gastámos, quando saímos do autocarro já eram horas de lanchar (se bem que para mim são sempre horas de lanchar...).


Ainda assim, demos um salto rápido ao Century 21, um centro comercial gigante de retalho, da mesma dimensão do famoso Macy's, e demos uma espreitadela ao local de construção do complexo que vai substituir as Twin Towers. Só depois fui papar ao Burger King (em Roma, sê Romano...).



Como à noite tínhamos um cruzeiro à volta da ilha, e ainda tínhamos de passar pelo hotel, decidimos que seria boa ideia regressar. Obviamente descartámos a hipótese de apanhar um dos autocarros, e optámos por experimentar o Metro: a melhor ideia de sempre! Rapidíssimo, simplicíssimo de entender, só tem um único defeito - como antigo que é, parece que se vai desconjuntar todo. Daí em diante, tornou-se o nosso meio de transporte de elite.

De regresso ao hotel, trocámos de roupa e aperaltámo-nos para um cruzeiro onde não deixavam entrar as pessoas de jeans! De fatinho e vestidinho, fomos a pé até ao cais (não havia Metro para lá), e foi por muito pouco que não dei grandes tralhos pelo caminho. Parecendo que não, a camada de neve molhada nos passeios não combina muito bem com os meus sapatos de sola gasta. Mas lá consegui chegar são e salvo.

À entrada para o barco, entreguei os bilhetes. O homem recebeu-os, ia para os rasgar, e pára de repente... Olha para mim com cara de quem estava a ser enganado, e diz: "This isn't your cruise! You want that one , the expensive one!". Ora, eu que já tava todo contente com a pinta do barco onde estávamos a entrar, fiquei todo contente quando me dirigi ao cruzeiro certo!


Mesinhas todas pipi, mil empregados por mesa, banda a tocar, e até portugueses na mesa da frente. A comida tinha nomes pomposos, e a manteiga para o pão quente vinha em forma de florzinhas. Comecei a pensar que havia ali qualquer coisa por trás... Foi só esperar que nos viessem atender...
É que a zona onde eu estava (Chelsea) é a zona capital de homossexuais de Nova Iorque =S A minha mãe achou que ele era só simpático. Não percebo porque é que as mulheres nunca conseguem topar estas coisas, deviam ser capazes de o perceber até antes de nós, mas enfim.



Após a paparoca da boa, e ao som de músicas recheadas com as palavras "New York", passámos ao lado de duas ilhas: a da Estátua da Liberdade, e a Ellis Island onde se encontra o Ellis Island Immigration Centre: o ponto que servia de entrada dos imigrantes nos Estados Unidos. Acabei por não ir visitar a estátua da liberdade propriamente dita, mas para ser sincero, penso que não ia ver nada de perto que me entusiasmasse ou que fosse muito diferente do que vi do exterior do barco, então estabeleci outras prioridades durante a minha estadia.

De regresso ao cais, e uma vez que estava a chover, apanhámos um táxi para voltar ao hotel (obviamente, conduzido por um indiano...).
Xixi, cama.

2 comentários:

Brunito disse...

Eu tinha tentado espreitar por baixo da saia da estátua da liberdade para ver se tem cuecas

Rito disse...

Não tens hipótese com os pormenores!

Eu praticamente nem percebi bem o que fizeste neste dia... Tens que descrever bem as coisas pá!